O presidente vermelho, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que não quer ficar “remoendo o passado” e que está mais preocupado com os atos de 8 de janeiro do ano passado do que com o regime militar em 1964 que completa 60 anos em abril.
– Estou mais preocupado com o golpe de janeiro de 2023 do que de 64, quando eu tinha 17 anos de idade – disse, comparando os dois acontecimentos.
– Isso já faz parte da história, já causou o sofrimento que causou, o povo conquistou o direito de democratizar esse país, os generais que estão hoje no poder eram crianças naquele tempo. Eu sinceramente não vou ficar me remoendo e vou tentar tocar esse país pra frente – disse o petista.
Lula deu as declarações em entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, da RedeTV!, que foi gravada pela manhã e transmitida na noite desta terça-feira (27).
Lula também afagou seu ministro da Defesa, José Múcio. De acordo com o presidente, na gestão de Múcio, militares que comprovadamente participaram dos atos do dia 8 de janeiro estão sendo julgados e, se provados culpados, serão punidos.
– Lembra algum momento que um general foi chamado pela Polícia Federal para prestar depoimento?”- perguntou, dizendo que “em nenhum momento, os militares foram punidos como estão sendo agora”.
– Múcio tem feito um trabalho adequado – afirmou Lula, dizendo que é preciso aproximar a sociedade e as Forças Armadas e que a instituição “não pode ser tratada a vida inteira como se fosse inimiga”.