Um levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) revelou um aumento de 38% no número de obras paradas no segundo ano do governo Lula 3, em comparação com o último ano da presidência de Jair Bolsonaro (PL). O órgão monitorou 22.958 construções em 2024 e constatou que 11.941 estão paralisadas, representando mais da metade das obras financiadas com recursos federais.
Em 2022, o TCU registrou 8.674 projetos interrompidos. Esse número caiu para 8.603 em 2023, no primeiro ano do mandato de Lula, mas subiu 40% em 2024. Confira os números:
2022: 22.559 obras no total, sendo 8.674 interrompidas;
2023: 21.005 obras no total, sendo 8.603 interrompidas;
2024: 22.958 obras no total, sendo 11.941 interrompidas.
A Corte de Contas também destacou que 72,6% das obras paralisadas em 2024, cerca de 8,6 mil projetos, não possuem previsão de retomada ou conclusão. As áreas de educação e saúde concentram o maior número de projetos interrompidos.
“São milhares de unidades básicas de saúde, unidades de pronto atendimento, estruturas de atenção especializada, escolas, creches, quadras esportivas e outras infraestruturas que não foram concluídas conforme o planejado. A ausência dessas instalações impacta diretamente a população, prejudicando o acesso a serviços essenciais e comprometendo a qualidade de vida em diversas comunidades”, alertou o tribunal.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirma estar agindo desde o início da gestão para “sanar um problema recorrente” deixado por administrações anteriores. No entanto, o levantamento mostrou um aumento de quase 3,3 mil obras interrompidas de 2023 para 2024.
As construções paralisadas já consumiram R$ 9 bilhões, mas seriam necessários mais R$ 29,3 bilhões para concluir os projetos.