Prefeito de Canoas, acusado de desviar R$ 66 milhões da saúde, não entrega HPS perdido e prometido em campanha pós enchente.

Jornal O Grito da Liberdade
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A reabertura integral do Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC), inicialmente prevista para 17 de dezembro, sofrerá atraso. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a nova previsão não possui uma data específica, mas a expectativa é que a unidade volte a operar plenamente até o fim de 2024.

De acordo com a SMS, o atraso se deve ao fato de os documentos necessários ainda estarem em processo de análise para homologação pelo prefeito. Após a assinatura do contrato com a empresa vencedora do edital, será apresentado o cronograma e o plano de trabalho para as obras no HPSC.

A Prefeitura informou que a assinatura do contrato deve ocorrer entre segunda e terça-feira, dia 3. O edital prevê intervenções em áreas como reforma arquitetônica, instalações hidrossanitárias, elétricas e de telecomunicação, sistemas de climatização e exaustão, gases medicinais, além do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCI) e paisagismo. O contrato tem validade de 12 meses.

Atualmente, o bloco cirúrgico, a sala vermelha de urgência e emergência, os consultórios e as salas de exames de imagem ainda aguardam reformas. As intervenções foram consideradas necessárias devido aos danos causados pela enchente de maio. Em setembro, o hospital foi reaberto parcialmente, atendendo apenas casos de baixa e média complexidade.

A gestão do prefeito Jairo Jorge, responsável pelo município, enfrenta diversas críticas. Durante o atual mandato, ele foi afastado três vezes, acusado de envolvimento em um esquema de desvio de R$ 66 milhões destinados à saúde pública, investigado na operação “Copa Livre”. Além disso, sua atuação durante fortes chuvas na cidade gerou indignação popular. Voluntários relataram que a administração municipal teria proibido a distribuição de marmitas para colaboradores das operações de emergência.

Entre os episódios mais polêmicos, Jairo Jorge declarou que não havia necessidade de evacuar bairros como o Rio Branco, confiando nos diques de proteção. No entanto, as áreas acabaram inundadas, causando prejuízos significativos às famílias. A condução do prefeito resultou em acusações de prevaricação, sob a alegação de falha em adotar medidas essenciais para proteger a população.

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