Tombo na popularidade coloca Lula em risco e governo tenta reagir com mais populismo.

Jornal O Grito da Liberdade
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O “derretimento” da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apontado por pesquisas de diferentes institutos nos últimos dias, acendeu um alerta no governo sobre o futuro do PT para as eleições de 2026. Faltando menos de dois anos para a próxima disputa presidencial, o Palácio do Planalto pretende agora uma reação por meio de uma série de medidas com o intuito de tentar recuperar a competitividade do petista.

O apoio de influenciadores petistas na divulgação de programas do governo, o projeto para isentar do pagamento de imposto de renda quem ganha até R$ 5 mil por mês, distribuição de gás para a população de baixa renda e alguma “solução” para baixar os preços dos alimentos estão na pauta do Palácio do Planalto, que já está de olho no pleito presidencial do próximo ano.

Divulgada na sexta-feira (14), a pesquisa Datafolha mostrou que aprovação de Lula é de apenas 24%, o menor patamar registrado nos três mandatos do petista. O número registrado neste mês de fevereiro representa uma queda de 11 pontos percentuais em comparação com a pesquisa de dezembro do ano passado, quando a aprovação era de 35%.

Segundo a série histórica do Datafolha, o menor patamar de aprovação do governo Lula havia sido registrado entre outubro e novembro de 2005, quando a pesquisa registrou 28% de “ótimo ou bom”, no auge da crise do mensalão, durante seu primeiro mandato.

Além disso, outro levantamento divulgado no sábado (15), do instituto Ipec, mostrou que 62% dos eleitores responderam que o atual presidente Lula não deveria concorrer à reeleição em 2026.

Questionados sobre o principal motivo para Lula não disputar a reeleição, a maioria dos entrevistados (36%) diz que ele não está fazendo um bom trabalho. Outros 20% alegam que o petista é “corrupto, ladrão ou desonesto”, e 17% citam a idade avançada do presidente.

Na semana passada, o próprio Lula abordou a questão da sua idade e disse que vai precisar analisar o seu quadro de saúde até 2026. “Se eu tiver com 100% de saúde, com a energia que tenho hoje. Se eu tiver legal e achar que devo ser candidato, posso ser candidato, mas não é a minha prioridade agora. Quero governar 2025, eu quero andar esse país”, disse em entrevista à rádio Clube do Pará. 

Apesar dessa sinalização, dentro do PT a candidatura à reeleição de Lula é dada como certa e avaliação entre os aliados é de que o presidente precisa, desde já, entrar “no modo campanha”. Além de uma série de viagens pelo país, a receita desenhada pelo Palácio do Planalto envolve ainda a implementação de medidas que tenham relação direta com o consumo e a renda.

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