Bolsonaro: “Vou Voltar em 2026”.

Jornal O Grito da Liberdade
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DORAL, FLORIDA - FEBRUARY 03: Far-right former Brazilian President Jair Bolsonaro speaks during the Turning Point USA event at the Trump National Doral Miami resort on February 03, 2023 in Doral, Florida. Bolsonaro has been staying in Orlando since leaving Brazil two days before the inauguration of President Luiz Inácio Lula da Silva. (Photo by Joe Raedle/Getty Images)

Jair Bolsonaro se destacou como um dos grandes vencedores das eleições. Mesmo sem mandato, inelegível e prestes a se tornar réu em processos relacionados à tentativa de golpe em 8 de Janeiro, ele se posicionou como líder dos conservadores, contribuindo para importantes vitórias da direita. Confrontos diretos com a esquerda resultaram em triunfos em capitais como Cuiabá e São Paulo. O ex-presidente também impulsionou o PL a se tornar a sigla mais vitoriosa em municípios com mais de 200 mil habitantes e apoiou novos candidatos, como André Fernandes em Fortaleza, que quase avançaram para o segundo turno.

Acompanhado de seu leal aliado, o advogado Fabio Wajngarten, Bolsonaro descartou qualquer alternativa para sua candidatura em 2026, afirmando: “Não estou morto.” Ele criticou o emergente nome da direita, Pablo Marçal, e direcionou duras críticas ao governo Lula, focando especialmente na economia, política internacional e meio ambiente. Em sua visão, não há outro nome com a mesma competitividade: “Chance só tenho eu, com todo o respeito.”

Agora, sua jornada se desloca para um terreno mais complicado: os corredores da Justiça. A Polícia Federal está prestes a complicar ainda mais a situação do ex-presidente, indiciando-o pela tentativa de golpe de Estado, um caso com grande potencial de repercussão negativa. A expectativa é que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresente denúncia ao STF após revisar os relatórios da investigação. “Nunca atuei fora das quatro linhas, não tenho medo de julgamento, mas minha preocupação é quem vai me julgar,” disse Bolsonaro à VEJA em entrevista na manhã de terça, 29, referindo-se à suposta perseguição que enfrenta na Corte, especialmente do ministro Alexandre de Moraes. Em uma outra batalha judicial, o ex-presidente se empenhará para recuperar seus direitos políticos a tempo de concorrer em 2026. O primeiro passo é construir uma narrativa pública que sustente sua alegação de injustiça. “Depois, a alternativa é o Parlamento, uma ação no STF, esperar o último momento para registrar a candidatura e deixar que o TSE decida,” afirmou.

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