PT leva Eduardo Bolsonaro ao Conselho de Ética por “conspiração” nos EUA.

Jornal O Grito da Liberdade
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O PT acionou, nesta quinta-feira (27), o Conselho de Ética da Câmara para a abertura de um processo disciplinar contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O partido acusa o parlamentar de “conspirar nos EUA contra a soberania brasileira”.

Segundo a representação, Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), realizou viagens aos Estados Unidos para articular, com deputados republicanos, o avanço de um projeto de lei que pode impedir o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, de ingressar no país.

A proposta foi aprovada na quarta-feira (26) pelo Comitê Judiciário da Câmara dos EUA, órgão equivalente à CCJ do Congresso americano.

“O comportamento imoral e reprovável do deputado acusado configura uma tentativa clara de constranger não apenas um integrante de um dos Poderes da República, mas também o próprio Poder Judiciário nacional, que será responsável por avaliar, caso necessário, as ações penais envolvendo o pai do acusado e seu entorno golpista”, afirma o documento apresentado pelo PT.

Para o partido, ao se aproximar de aliados de Donald Trump, Eduardo Bolsonaro também buscaria interferir em processos judiciais, como o que investiga a suposta tentativa de golpe de Estado protagonizada pelo ex-presidente.

“Além de constranger um dos Poderes da República, a ação do acusado, já em estágio avançado de articulação (com a aprovação do projeto de lei na Comissão de Justiça da Câmara dos Representantes em 26.02.25), tem como objetivo, ao final, embaraçar a investigação em andamento no Supremo Tribunal, tanto nos inquéritos em curso quanto na futura ação penal que envolve, entre outras apurações, a tentativa de golpe de Estado, a abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, entre outros”, completa o texto.

O PT solicita a abertura de processo disciplinar contra Eduardo Bolsonaro e a convocação do deputado para depor no colegiado.

A representação foi assinada por Gleisi Hoffmann, presidente do PT, e Lindbergh Farias (RJ), líder do partido na Câmara.

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