Recém-empossado vereador na cidade de São Paulo, Adrilles Jorge (União Brasil) foi surpreendido ao ocupar o gabinete 607, no 6º andar da Câmara Municipal, nesta segunda-feira (1º), início da nova Legislatura.
O espaço foi anteriormente ocupado pela vereadora Janaína Lima (PP), que não conseguiu se reeleger. Toda a estrutura foi retirada pela antiga ocupante. “Visitei o gabinete, achei a arquitetura genial. Mas ela tirou tudo. Foi tirado inclusive o vaso e a pia. Ela não disse [que ia retirar]. E é uma coisa que nem ela ia dizer, nem eu ia perguntar”, comentou o vereador, com bom humor.
Janaína Lima justificou que as reformas realizadas no gabinete foram pagas com recursos próprios, incluindo a instalação do banheiro interno. Segundo ela, os itens removidos são de sua propriedade e, por isso, foram levados ao final de seu mandato.
Em suas redes sociais, Adrilles Jorge aproveitou a situação para ironizar. Em tom descontraído, afirmou:
“Arrancaram a privada do meu futuro gabinete, mas tudo bem. Tem banheiro nos corredores. Reza a lenda que privada privativa é coisa de pequeno burguês. O gabinete tá ótimo, e o importante é o trabalho efetivo e espartano meu e de minha equipe. Qualquer coisa, a gente usa um penico comunitário. O importante é o que sairá da massa encefálica e das ações do meu mandato, e não a massa fecal coletiva de nossos corpos.”
Apesar do imprevisto, Adrilles reforçou que a situação não será um empecilho para seu mandato.
Adrilles concluiu o episódio com uma mensagem otimista, destacando que o foco será no desempenho de seu mandato e não nas condições do gabinete.
Atualização:
A ex-vereadora Janaína Lima (PP) decidiu doar à Câmara Municipal de São Paulo o vaso sanitário e as duas pias retiradas do gabinete que ocupava, após a atitude gerar críticas e piadas entre colegas. Durante a posse da nova legislatura, o vereador Adrilles Jorge (União Brasil), que herdou o gabinete, ironizou: “Tem chuveiro no banheiro, mas não tem privada”.
Em vídeo nas redes sociais, Janaína afirmou ter seguido as normas internas ao entregar o espaço. Ela alegou que os itens retirados, adquiridos com recursos próprios, não pertencem ao patrimônio público. Janaína foi vereadora por dois mandatos, mas não se reelegeu em 2024.