O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta terça-feira (10) prefeitos que não utilizam os mesmos serviços públicos de educação e saúde oferecidos à população. Após as declarações, internautas apontaram nas redes sociais que, apesar das críticas a outros governantes, o próprio Lula é atendido no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
“Você chega em uma cidade e pergunta: ‘Prefeito, como está a educação?’ [Ele responde]: ‘Está maravilhosa, a educação aqui é fantástica’. ‘E a saúde?’ ‘A saúde aqui é ótima’. Aí você pergunta: ‘Seu filho estuda nessa escola fantástica?’ [A resposta é]: ‘Não’. O filho dele estuda em uma escola particular, que ele considera melhor”, afirmou o presidente.
“Depois, você pergunta: ‘Você se atende no pronto-socorro que diz ser espetacular?’ [E o prefeito diz]: ‘Não, meu filho, eu levo em outro lugar’. Esse país nunca vai dar certo. Só vai dar certo quando a classe média voltar para a escola pública. E isso só vai acontecer quando a escola pública melhorar”, acrescentou o petista.
Em dezembro de 2024, Lula foi internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para tratar de um hematoma na cabeça, causado por uma queda. O presidente permaneceu internado entre os dias 9 e 15 de dezembro, sob os cuidados da equipe médica liderada pelo cardiologista Roberto Kalil Filho, conhecido por atender autoridades e celebridades.
Kalil já foi médico dos ex-presidentes Michel Temer (MDB), Dilma Rousseff (PT), Fernando Collor (PRTB) e José Sarney (MDB). Em regra, chefes do Executivo são atendidos no Sírio-Libanês ou no Hospital Albert Einstein, ambos em São Paulo. Após ser esfaqueado em 2018, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi inicialmente atendido na Santa Casa de Misericórdia, em Juiz de Fora (MG), e transferido para o Albert Einstein.
As declarações de Lula ocorreram durante a cerimônia de entrega do Selo Nacional Compromisso com a Alfabetização, evento que contou com a presença do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), e do ministro da Educação, Camilo Santana, entre outros.