PCC deve agradecer Nikolas por “mentir” sobre o Pix, diz ministro de Lula.

Jornal O Grito da Liberdade
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29.12.2022 - Lula e Paulo Teixeira, futuro Ministro do Desenvolvimento Agrário. - O Presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva anuncia os nomes de mais 16 Ministros e Ministras de Estado. No evento, Lula falou dos desafios do primeiro escalão e reiterou sua disposição em trabalhar incessantemente para reconstruir o país e devolver a dignidade ao povo brasileiro. Foto: Ricardo Stuckert

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou nesta sexta-feira (17) que o Primeiro Comando da Capital (PCC) deve agradecer ao deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) por “mentir” sobre a fiscalização do Pix e, assim, “contribuir” com o crime organizado.

O ataque de Teixeira ocorre após o governo revogar, nesta quarta (15), o ato normativo da Receita Federal que previa a ampliação da fiscalização de transferências via Pix. A reação do governo ganhou força após Nikolas questionar as novas regras do pagamento instantâneo em vídeo que viralizou nas redes sociais.

Dentro do governo Lula, existe o entendimento de que houve disseminação de fake news sobre o tema. “O PCC deve agradecer ao deputado Nikolas Ferreira pelas contribuições que deu ao crime organizado ao mentir e confundir a sociedade brasileira sobre as normas de transparência das transações financeiras feitas através do Pix”, escreveu o ministro no X.

Ao anunciar o recuo, secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, disse que a manipulação de “pessoas inescrupulosas” causaram “dano continuado” e impediram a manutenção da norma.

“Nos últimos dias pessoas inescrupulosas distorceram e manipularam um ato normativo da Receita, prejudicando muita gente no Brasil, causando pânico, principalmente na população mais humilde. Apesar de todo nosso trabalho, infelizmente, esse dano é continuado. Por isso, decidi revogar esse ato”, disse Barreirinhas.

As novas regras da Receita Federal ampliavam o monitoramento de transferências Pix acima de R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e R$ 15 mil para pessoas jurídicas. O Fisco chegou a esclarecer que a fiscalização não geraria tributação aos usuários do pagamento instantâneo, mas o governo acabou desistindo da medida.

“Se tem alguém que causou ‘desordem informacional’ foi o próprio governo Lula, que tentou esconder a malha fina nos informais de toda população”, disse o deputado nesta quinta (16) no X.

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